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E a jumenta falou

Balaque, rei de Moabe, ficou apavorado diante da presença dos israelitas em virtude das notícias que recebera. O povo do rei Seom, os amorreus, e o do rei Ogue, de Basã, haviam sido varridos da face da terra. Os israelitas os destruíram, e agora estavam acampados ao longo do Jordão, próximos demais do seu povo. Combatê-los parecia inútil. Balaque decidiu lançar-lhes uma maldição. Ele conhecia um homem chamado Balaão, tido como profeta. A quem abençoava, sempre alcançava êxito, e quem ele amaldiçoava não tinha futuro. Balaque precisava fazê-lo amaldiçoar os israelitas. Enviou seus anciões, levando o preço dos encantamentos, até onde se encontrava Balaão.
Os ancião, porém, retornaram sem Balaão. O rei enviou outros homens, mais nobres, com uma mensagem: "peço-te não te demores vir a mim, porque grandemente te honrarei, e farei tudo que me disseres: vem pois, rogo-te, amaldiçoa esse povo". Balaão acompanhou os homens de Balaque. O rei levou-o até um local elevado, de onde poderia avistar o acampamento israelita. Balaque esperava por aquela maldição. Porém, quando Balaão abriu a boca, só saíram palavras de bênção.
Balaque não pôde crer no que ouvia. Mas não desistiu. Levou assim que Balaão a outro cume. Novamente, assim que Balaão abriu a boca, jorraram palavras de bênção. Ainda uma terceira vez, de outro ponto, Balaão abençoou os israelitas-só que  dessa vez também amaldiçoou Moabe! Balaque, furioso e confuso, irou-se contra Balaão. Mas toda vez que repreendia o velho profeta, dizia-lhe Balaão: "Por ventura não terei cuidado de falar o que o Senhor pôs na minha boca?"
O que teria acontecido com esse velho e leal profeta de Canaã? Quando se encaminhava para amaldiçoar os israelitas, sua fiel jumenta se comportou estranhamente. Saiu da trilha para entrar num campo vizinho, esmagou o pé de Balaão contra o muro de um vinhedo e chegou até a deitar-se no meio da estrada. Nas três vezes, Balaão espancou-a até que ela se pusesse em movimento. Mas quando espancava o animal pela terceira vez não pode crer no que ouviu. A jumenta começara a falar com ele: "Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes?"
Só então Balaão pode ver o motivo por que a jumenta agira de forma tão estranha. Diante dele estava o anjo do Senhor empunhando uma espada. Disse-lhe o anjo: "Vai-te com estes homens; mas somente aquilo que eu te disser isso falarás". Balaão, portanto, seguindo a ordem de Deus, abençoou o povo israelita, em vez de amaldiçoá-lo. E Balaque, a exemplo dos reis antes dele, foi esmagado pelos israelitas.
Tara mais informações, leia Números 21-24.


Fonte: edições antigas do Jornal Folha Universal